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Obesidade Infantil

Atitudes positivas podem mudar esse quadro


Vivenciamos atualmente, uma transição nutricional, onde há algumas décadas, nossa maior preocupação com as crianças, era a desnutrição, e hoje, é o sobrepeso e a obesidade, que crescem em proporções alarmantes. Um estudo de 2016 conduzido pela universidade inglesa Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que, nos últimos 40 anos, o número de crianças e adolescentes obesos, na faixa etária entre 5 e 19 anos, aumentou dez vezes em todo o mundo. E no Brasil não é diferente. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso, ou seja, já apresenta sobrepeso ou obesidade.

E as causas para justificarmos esse aumento são inúmeras, dentre elas: fácil e descontrolado acesso à alimentos processados e ultraprocessados, maior tempo de telas (TVs, tablets, celulares), falta de incentivo à pratica de esportes prazerosas e atividades ao ar livre, além dos fatores genéticos também associados.

Assustador, não é? Mas ainda existe uma luz no fim do túnel. E a prevenção será sempre o melhor remédio. Quer saber como?

  • Aleitamento materno exclusivo até os 6 primeiros meses de vida, e continuado até os 2 anos ou mais. Já é mais que sabido e estudado o quão benéfico é o leite materno para prevenção de diversas doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas, a Obesidade Infantil. É o alimento mais prático, puro, sustentável, econômico que pode ser oferecido à uma criança.

  • Até os dois primeiros anos de vida ou mais, NÃO ofereça alimentos açucarados e ricos em gorduras, industrializados. Crianças nesta idade, estão desenvolvendo e fixando o paladar e os hábitos alimentares. Mantenha uma alimentação equilibrada, natural, a mais caseira possível para todos.

  • Já dizia um grande pediatra defensor da infância livre, Dr. Daniel Becker: “CRIANÇA JÁ PRA FORA!”. Reservem algum tempo do dia para que as crianças possam brincar ao ar livre, correr, andar descalças, de bicicleta, jogar bola...

  • Estimule e incentive a criança a praticar uma atividade física prazerosa, mas sem relacioná-la à peso. Fazer exercícios é ótimo e todos devemos ser ativos, como uma forma de se sentir bem, e não como forma de se punir por não estar com peso desejável.

  • Criança e adolescente NÃO FAZ DIETA! Eles devem ser incentivados a manterem uma alimentação saudável e equilibrada a partir da oferta destes alimentos em casa, além do exemplo dos pais, que é fundamental.

  • Fale positivamente dos alimentos e do ato de se alimentar, evitando rotulá-los como “proibidos e permitidos”, “bom e ruim”, “engorda e emagrece”.

  • Arrisque-se na cozinha e incentive seus filhos a fazer o mesmo. Cozinhar com as crianças estimula a curiosidade em experimentar aquilo que ela própria preparou, promovendo também autonomia e satisfação quando aprendem e são apoiados.

  • Peça ajuda no momento das compras e converse sobre os alimentos que estão comprando. Leia os rótulos e estimule o senso crítico e comparativo quando for necessário comprar algum alimento industrializado.

  • Ensine a compreender e respeitar os sinais de fome e de saciedade e de responder a eles, sem julgamentos. Experimente você também.

  • Foque “no que comer”, e não “no que não comer”.

  • Concentre-se na saúde, não no peso. Se a perda de peso vier como consequência de atitudes saudáveis, ótimo! Mas a perda de peso como principal foco é uma atitude fadada ao fracasso.

  • Seja um exemplo de atitude alimentar equilibrada e evite fazer comentários sobre ser gordo ou engordar, ou necessidade de dietas/restrição visando “peso saudável”.

  • Demonstre que as escolhas alimentares devem ser feitas a partir de um equilíbrio entre desejo, apetite e equilíbrio alimentar.

  • Estabeleça boa comunicação entre vocês, demonstre afeto.

  • Estabeleça regras e limites coerentes com a idade e maturidade dos filhos

  • Estimule a autonomia, senso de responsabilidade e regras.

A prevenção da obesidade infantil é um trabalho conjunto, onde profissionais e família devem se apoiar e trabalharem lado a lado, sem deixar jamais de dar voz à criança. E assim, venceremos de forma leve, garantindo que nossas crianças não percam o prazer em comer, o bem estar físico e mental!



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